Do nosso jeitinho

Gênero, número e grau ou espécie, temperatura e pressão. Esvazio prateleiras depois de novo preenchíveis, limpo alguma: vida é movimento, não precisa limpar todas de uma vez, perfeição imediata para sabe-se lá quando cuidar do dificilmente cuidável de novo. Preparo para outras pessoas é mais preocupado com essa coisa de deslambusar com pães duros ou mesmo entregar para que indicadores outrens cumpram os mesmos pães. Quando cozinho para mim e ele é diferente, você, que aparece agora, também adora que eu não use colher de prova. Lambendo e vendo, com lábios e línguas (e mesmo dentes passando em garfos para se protegerem do alimento esfumaçado de quente, pra não dizer te amo dentes do fundo, será que os paladares todos alcançam?), porque na hora de comer o tempero é mesmo saliva e beijo na boca. Veneno, não te deixo, mas deixando, porque o sol da janela toca meu rosto de óculos limpos com o paninho da caixinha mágica. Tampouco deixo contaminar cruzado, pelo menos não quando não dá. Realmente te devoro.

Legenda da foto: avisem o que tem mel, porque dos acompanhamentos só a farofa tem calabresa de frango, gordura localizada no crocante e, claro, bacon. Naquela maionese seu ovo de herói cavaleiro, cozido, claro, paraná. E arroz carreteiro na fantasia, com a costela de boi sem osso, está ali separado, do lado das costelas de Adão em salmoura, as plantas parecem de plástico mas são de verdade.

Doppelgänger de cachorro come, sim, churrasco melado

(até a gatinha abre a boca pra retomar o ar, de tão surpresa com o aroma),

porque a gente faz pra sobrar e comer em outras refeições se for o caso.

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